Divulgarei neste espaço as poesias que escrevo quando a inspiração surge... Leiam, opinem, comentem, essa troca me será de extrema importância. Sejam todos bem-vindos sempre! Agradeço as visitas. Abraço fraterno,

Sergio Loyola

sábado, setembro 11, 2010

DIVA

Estou te buscando
Dentro do meu próprio infinito
Procuro uma cura
Um refúgio
Onde possa seguir te amando
No teu colo bendito
Acalanto,brandura
Preciso da tua paz
Necessito da semente
Do teu amor
Do meu corpo,tu és o caminho
Que me faz ingênuo,inocente
O mais puro carinho
Que não perderei jamais
Tu me faz esquecer
A falta que sinto
De mim mesmo
Tu equilibra meu sofrer
Me torna um homem mais distinto
Nunca te perca de mim
Me leve sempre onde for
Guarda meu coração
Remédio para minha dor
Dona do meu destino
Enfim.

CHEGADAS E PARTIDAS

Como uma grande plataforma
A vida segue seu eterno ir e vir
Fazendo de nós,passageiros
De uma sucessão infinita
De desembarques e partidas
Hoje voce chega,outro vai embora
Não existe regra,nem norma
Aprendemos a nos permitir
Momentos curtos,amores ligeiros
Até que o trem apita
Em nossas tristes despedidas
Na lembrança de tempos afora
Tudo que passou,passou
Resta apenas a dor
No peito dos teus entes queridos
Tua vida é como uma trama
Que vai sendo deixada prá trás
Através da janela do trem
Nenhum bem voce levou
Certo ter sofrido por amor
Ao longo dos anos vividos
Tua trajetória como um holograma
Um filme que não volta mais
E já não interessa a ninguém.

RECORDAÇÃO

O vento gélido da madrugada
Traz a saudade da pessoa amada
Que por ironia do destino
Amarga o triste sabor da distância
Como a melodia de um violino
Carregada no aroma de uma fragrância

E nem todos os raios de luar
Nem todas as ondas do mar
Podem aplacar a dor no meu peito
A angústia de te recordar
Na alcova do teu leito
Só por mim a esperar

E como um rio de lamentos tristonhos
Como a noite dos mais doces sonhos
Desfilo ao acaso minha solidão
Vagando pela cidade deserta
Retrato vivo de uma paixão
Inevitável,quando o amor desperta.

FACE OCULTA

Voce é meu mais dileto
Instrumento de carinho e afeto
Estar com voce me traduz
Das cores sua beleza
Das flores a Natureza
Que tão sutil me seduz

Fonte sublime de inspiração
Deusa da minha imaginação
Ao meu vazio complementa
A doçura que eu quero ter
Na solidão de cada entardecer
Que a minha dor acalenta

Minha cara metade tão amada
Companheira da longa jornada
Por estranho que pareça isto
Sigo teu caminho no solo
Buscando a paz em teu colo
Sem jamais tê-la visto.

MUSA

Queria compartilhar do teu aconchego
Ganhar de ti,um chamego
Ser o mais feliz dos infelizes
Para carregar no peito,tuas cicatrizes

Queria ser uma linda canção
Para conviver na lembrança do teu coração
O lago mais limpido e transparente
Para refletir tua imagem reluzente

Queria te oferecer os primeiros raios de Sol
Que iluminam as pétalas do girassol
Ser o mais esperto dos idiotas
Para fazer-te rir com tolas cambalhotas

Queria ser a brisa para acariciar-te a face
Fazer amor toda vez que te olhasse
Sendo tua ausência o meu desencanto
Que me faz brotar o pranto

Queria me transformar num jardim
Onde tu corresses livre como um querubim
A mais bela flor das flores
Cuja existência cura meus dissabores

Queria ter o dom dos poetas
Para escrever-te algumas rimas seletas
Algo que fosse carinhoso e terno
Dedicado a musa do meu amor eterno.

EPÍGRAFE DE POETA

Quiçá,poder passar por esta vida
Com a certeza de que ela foi vivida
Sem medo do fracasso de arriscar
Pela mediocridade de não tentar

Ousando sempre por emoção
Seguindo os instintos do coração
Por entre as lágrimas do destino
Até o epílogo repentino

Colhendo da jornada os sabores
Dos mais variados amores
Tendo como testemunha só a Lua
Na madrugada nua e crua

Soprando incerto como o vento
Retrato vivo do sentimento
Que mantém acesa a chama
Da liberdade que no peito clama

Buscando forças na Natureza
Professor da alegria e da tristeza
Peregrino da noite vadia
Que jamais foi vã ou vazia

E quando chegar a hora
De partir,ir embora
Rumarei de encontro ao desconhecido
Felicíssimo,por ter vivido.

ESPANTALHO

Triste sina do espantalho
Encravado no meio da plantação
Como carta fora do baralho
Assiste a sua inerte solidão

O Sol forte e a chuva fria
Castigam sua pobre figura
Fazendo aumentar sua agonia
Da qual,jamais tem cura

Permanece sempre de braços abertos
Apesar do esforço que lhe custa
Esperando por dias incertos
E nem mais os corvos,assusta

Da vida é um simples expectador
Por entre as espigas do milharal
Pelas quais tem até amor
Numa relação quase paternal

Mas chega o dia da colheita
E todo o milharal é ceifado
Pobre espantalho com a roupa desfeita
Acaba entre as palhas do milho,despedaçado.