O asfalto frio
Da noite úmida
Corta a cidade nua
Na tua ingênua busca
O hálito quente do motor
Se perde na brisa gélida
Nas esquinas da selva urbana
A procura do teu amor
A madrugada como palco
Para encenar tua vida insana
Por entre cenários sórdidos
Da insensatez do teu drama
O beijo que não foi dado
Por uma palavra mal dita
O câmbio de marchas que pulsa
No ritmo do copo ingerido
O vento calado na tua face
As paralelas que serpenteiam
Dos pneus que deixam marcas
Na carência da tua alma
E amanhã
Mais um Baixo talvez
Desta sociedade pouco amada
Para saciar teu nariz burguês
quinta-feira, junho 10, 2010
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