És negro como a boca da noite
Na lembrança,as marcas da senzala
Na dor se fecha e se cala
Do feitor,guarda apenas o açoite
Longe da sua terra natal
Sobraram as ladainhas e as tradições
Cultivadas sob o peso dos grilhões
No trabalho árduo do canavial
Zumbi representa seu espírito de luta
Entrincheirado no alto da serra
Ecoou seu brado de guerra
Que até hoje,nos Palmares se escuta
Depois da derrota sangrenta
O negro continua na vil escravidão
Esperando pelo milagre da abolição
Que a Princesa Isabel sacramenta
Veio então a sonhada alforria
As festas,o carnaval e a capoeira
Levantando do solo a poeira
Da dança do samba e da alegria
Hoje vive a dura realidade
Da desgraça da raça condenada
A sobreviver na favela,marginalizada
Esquecida pelo resto da sociedade
Triste sina de um povo
Que com seu sangue derramado
De sua mãe África,afastado
Ajudou a construir um Brasil novo
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